segunda-feira, 14 de setembro de 2009

De esperanças













Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei o quê que nasce não sei de onde,
Vem não sei como, e dói não sei porque.

Camões





Eu fecho os olhos e não consigo mais ver estrelas. Uma fome que não sacia, sabe? Essa fome de tudo que eu nem sei ainda acabará comigo.




E eu acho lindo padecer de um mal que é um coração faminto de coisas

e de pessoas.


A esperança é um filho ainda não nascido, só prometido; e é disso que me alimento e me sustento todos os dias







4 comentários:

  1. "E eu acho lindo padecer de um mal que é um coração faminto de coisas e de pessoas".

    Sofro desse mal, queria. E acho que esse mal que me faz viver, tentar ver essa vida de um modo diferente.
    Tem coisa mais linda que as pessoas e as suas diferenças?

    Muito lindo tudo o que vc escreveu!
    Que seu coração se encha cada vez mais de amor, de diversas formas!
    Beijos

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  2. "Como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles (...).

    Clarice Lispector in Perto do Coração Selvagem

    Vamos manter a esperança! Ou é ela que nos mantém?!

    Meu beijo

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  3. Sempre muito bom estar aqui, Andréa.
    Esperança... nos dá a fé do dia seguinte.

    Bj

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  4. E juntou cá uma imagem incrível, com textos maravilindos! rsrsr
    Beijos

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