quinta-feira, 15 de março de 2012


" Passai frouxos. Passai radicais do pouco! Deixem-me respirar! Abram todas as janelas. Abram mais janelas do que todas as janelas que há no mundo. E o mundo quer a inteligência nova. a sensibilidade nova. O mundo tem sede de que se crie. O que aí está a apodrecer a vida, quando muito, é estrume para o futuro. O que aí está não pode durar porque não é nada. Eu, da raça dos navegadores, afirmo que não pode durar! Eu, da raça dos descobridores, desprezo o que seja menos que descobrir o mundo novo. Proclamo isso bem alto, braços erguidos, fitando o Atlântico, e saudando abstratamente o infinito." F.Pessoa como: Álvaro de Campos.