segunda-feira, 13 de julho de 2009

De algumas dores


É como se doessem os pés.
Um incomodo que desconserta o passo lentamente.
Você insiste porque precisa continuar.
Existem ainda quantos passos até o final da estrada?
Será que tão importante mesmo chegar, ou abandonar-se e sentar ali,
a beira do NADA?
Pode o abandono ser a melhor estrada ?
A minhas decisões não me pertencem mais, penso num estado de alerta absurdamente improvável.
Mas os pés que precisam seguir ainda doem...
Na tentativa de segue não segue,
de as decisões serem minhas,
de se deixar ficar no meio do NADA,
descubro que abandonar o que me machuca [...] talvez alivie um pouco a dor. Qual delas?
Só não aquela que eu faço cotidianamente sem sequer estar usando algum sapato...

5 comentários:

  1. É preciso não esquecer nada:
    nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
    nem o sorriso para os infelizes
    nem a oração de cada instante.

    É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
    nem o céu de sempre.

    O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
    o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do
    nosso pulso.
    O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
    a idéia de recompensa e de glória.

    O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
    vigiados pelos próprios olhos
    severos conosco, pois o resto não nos pertence.

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  2. na verdade, nada nos pertence...
    ...nem nós mesmos!
    ADOREI, como sempre.
    beijo

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  3. Vida e suas dores... tanto a caminhar, sem setas que indicam rumos. Caminhar é preciso, chegar também!
    Um lindo dia de sexta prá voce Andréa.
    bj

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  4. Palavras nas suas mãos: são como argila nas mãos de um escultor, ou sons nas de um compositor.
    Viram sentimento! Viram arte!

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  5. Minha doce querida,
    Sua visita me alegra e colore minhas paginas!
    ADORO...
    beijo

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