
É como se doessem os pés.
Um incomodo que desconserta o passo lentamente.
Você insiste porque precisa continuar.
Existem ainda quantos passos até o final da estrada?
Será que tão importante mesmo chegar, ou abandonar-se e sentar ali,
a beira do NADA?
Pode o abandono ser a melhor estrada ?
A minhas decisões não me pertencem mais, penso num estado de alerta absurdamente improvável.
Mas os pés que precisam seguir ainda doem...
Na tentativa de segue não segue,
de as decisões serem minhas,
de se deixar ficar no meio do NADA,
descubro que abandonar o que me machuca [...] talvez alivie um pouco a dor. Qual delas?
Só não aquela que eu faço cotidianamente sem sequer estar usando algum sapato...
É preciso não esquecer nada:
ResponderExcluirnem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do
nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.
na verdade, nada nos pertence...
ResponderExcluir...nem nós mesmos!
ADOREI, como sempre.
beijo
Vida e suas dores... tanto a caminhar, sem setas que indicam rumos. Caminhar é preciso, chegar também!
ResponderExcluirUm lindo dia de sexta prá voce Andréa.
bj
Palavras nas suas mãos: são como argila nas mãos de um escultor, ou sons nas de um compositor.
ResponderExcluirViram sentimento! Viram arte!
Minha doce querida,
ResponderExcluirSua visita me alegra e colore minhas paginas!
ADORO...
beijo