
“Às vezes é preciso recolher-se. O coração não quer obedecer, mas alguma vez aquieta; a ansiedade tem pés ligeiros, mas alguma vez resolve sentar-se à beira dessas águas. Ficamos sem falar, sem pensar, sem agir. É um começo de sabedoria, e dói. Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido.
Amar era tão infinitamente melhor; curtir quem hoje se ausenta era tão imensamente mais rico. Não queremos escutar essa lição da vida, amadurecer parece algo sombrio, definitivo e assustador. Mas às vezes aquietar-se e esperar que o amor do outro nos descubra nesta praia isolada é só o que nos resta. Entramos no casulo fabricado com tanta dificuldade, e ficamos quase sem sonhar. Quem nos vê nos julga alheados, quem já não nos escuta pensa que emudecemos para sempre, e a gente mesmo às vezes desconfia de que nunca mais será capaz de nada claro, alegre, feliz. Mas quem nos amou, se talvez nos amar ainda há de saber que se nossa essência é ambigüidade e mutação, este silencio é tanto uma máscara quanto foram, quem sabe, um dia os seus acenos”.
* Lya Luft *
M A R A V I L H O S O ! !
ResponderExcluirComo sempre sensata! Te Admiro...
"Gosto de fechar os olhos
Fugir do tempo
De me perder
Posso até perder a hora
Mas sei que já passou das seis
Sei que não há no mundo
Quem possa te dizer
Que não é tua
A lua que eu te dei"
Gosto de fechar os olhos
ResponderExcluirFugir do tempo, me perder
Posso falar da tarde que cai, e qua aos poucos deixa ver...
...no céu a lua que te dei!!!
LINDO!!!
Sentamos juntos, a floresta e eu.
ResponderExcluirFundimo-nos no silencio, até que só houvesse a floresta.
Bj Andréa.