domingo, 9 de agosto de 2009


Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.


Carlos Drummond de Andrade

3 comentários:

  1. Lembro até hoje a primeira vez que li estes versos. Desde então, não há mais lamentação com a ausência.

    Meu beijo

    P.S.: Meu blog teve um problema e a atualização não está aparecendo nos outros blogs. Qnd vc tiver um tempinho, muda a url do blog, ta? Agradeço ^^

    ResponderExcluir
  2. Tenha uma semana feliz!!!

    Saudades de vc!

    Bjsssssssss

    ResponderExcluir
  3. Ausencia...
    Na sua ausencia com frequencia,
    sinto teu frio na chuva,
    teu hálito no vento,
    e o no calor do sol teu fogo!

    Um dia escreveram... para mim... e eternizou-se... coração-ausencia e agora saudade.
    Linda semana Andréa.
    bj
    Tato

    ResponderExcluir